Os comissários(as) de bordo, ou comissários(as) de voo, são profissionais cuja missão principal é cuidar pela segurança, tranquilidade e conforto dos passageiros do transporte aéreo, bem como do restante da tripulação.
Para exercer a profissão de comissário de bordo não é necessário ter grau superior (faculdade), mas são exigidos treinamentos e exames específicos. Os requisitos para obter a licença de Comissário de Voo são:
- Ter pelo menos 18 anos
- Ter Ensino Médio Completo
- Cumprir o Programa de Instrução teórica e Prática estabelecido no Manual de Curso de Comissário de Voo e ser aprovado em curso homologado pela Agência Nacional da Aviação Civil (ANAC),
- Ser aprovado em banca de exames da ANAC
- Ter o Certificado Médico Aeronáutico (CMA) 2º classe, válido
O processo de recrutamento e seleção dos comissários e comissárias de bordo costuma envolver entrevista pessoal, teste psicológico, exames médicos, verificação de qualificação e dinâmicas de grupo. Caso seja selecionado, o comissário precisa passar ainda por um período de treinamento dentro da empresa antes de começar a exercer a função.
Salário Mínimo Profissional do Comissário de Bordo
De acordo com o Sindicato Nacional dos Aeronautas, o piso salarial dos comissários de bordo de linhas aéreas é de R$ 1.742. No caso de comissários de voo de táxi aéreo, o piso é de R$ 1.352.
O salário mínimo profissional dos comissários de bordo, na prática, pode aumentar substancialmente devido às remunerações variáveis, benefícios e adicionais obrigatórios por lei para essa categoria. Adicional de compensação orgânica (devido ao ambiente desfavorável para o organismo), horas de voo, horas de reserva, gratificação por senioridade, adicional noturno, periculosidade, adicional para cargos específicos como chefe de cabine, diárias e adicionais para voos em domingos e feriados são alguns dos fatores que podem incrementar o salário de um comissário de bordo.
Considerando os adicionais, o salário inicial de um comissário de bordo que atua em voos nacionais é de aproximadamente R$ 3.500.
Média Salarial do Comissário de Bordo
O salário de um comissário de bordo varia de acordo com o porte da empresa aérea onde trabalha, o tempo de experiência, e o tipo de voo (nacional ou internacional) e classe atendida (econômica, business, primeira classe).
De acordo com levantamento feito pelo site de empregos Catho, um comissário de bordo no Brasil ganha entre R$ 3.000 e R$ 5.000, com média salarial nacional de R$ 3.716.
Sites de cursos de comissário de bordo e reportagens de jornais e revistas citam o salário médio de R$ 7.000 para comissários e comissárias de voo com carreira internacional.
Sobre a carreira de Comissário de Bordo
O comissário de bordo pode trabalhar no transporte aéreo nacional e internacional, em aviões comerciais, táxis aéreos e até helicópteros.
Algumas das funções do comissário de bordo são:
- Receber e encaminhar os passageiros aos seus lugares.
- Verificar o posicionamento correto das poltronas e cintos de segurança.
- Zelar pela segurança a bordo.
- Transmitir informações sobre o voo aos passageiros.
- Atender solicitações de passageiros e tripulação.
- Checar equipamentos de segurança.
- Verificar e oferecer alimentação e material de pernoite.
- Grande capacidade de autocontrole diante de circunstâncias adversas e inesperadas e saber lidar com o público são duas das características importantes para ser um bom comissário de bordo. Falar outros idiomas é obrigatório para aqueles que pretendem seguir carreira internacional, sendo que línguas orientais (chinês, japonês) têm sido bastante demandadas pelas companhias aéreas.
De acordo com estudos da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), a carreira de comissário de bordo está em alta e deve continuar assim nos próximos anos. A expectativa da Associação é de que até 2020 sejam criados mais 660 mil empregos no setor da aviação e sejam construídos mais 73 aeroportos no Brasil.
Não ter rotina e poder conhecer muitos países são duas das vantagens mais citadas da carreira de comissário de bordo. Embora verdadeiras, essas características não se aplicam necessariamente a todos os profissionais. Comissárias de voo que voltam da licença-maternidade, por exemplo, têm o direito de fazer a “escala-mãe”, com voos de curta duração e horário de trabalho regular. Comissários que fazem faculdade à noite também podem negociar um horário fixo. Nesses casos, ao ter uma jornada fixa de trabalho, com “horário comercial”, o comissário de bordo deixa de receber os adicionais de viagens mais longas.
Pela lei, os tripulantes de aeronaves podem viajar 85 horas mensais, no máximo, com pelo menos 8 dias de folga por mês. A legislação também prevê uma série de outras regras, como o acréscimo de 3 horas de descanso a cada 3 fusos horários atravessados e mais 12 horas de descanso ao chegar em sua base de origem, além de diárias para alimentação, independentemente das refeições servidas a bordo.
Fonte: http://www.guiadacarreira.com.br